Médica do Hospital da Caridade presta esclarecimentos na Tribuna
A médica e gestora clínica do Hospital da Caridade, Daniela Polati da Silveira, usou a Tribuna Livre da 18ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Franca, realizada hoje, 30, para responder a questionamentos recentes direcionados ao centro de saúde. O hospital, uma iniciativa do IMA (Instituto de Medicina do Além), foi inaugurado no mês passado e reservou 20 dos seus 60 leitos para o tratamento a pacientes com o novo coronavírus.
Daniela foi questionada pelos vereadores Pastor Otávio Pinheiro (PTB), Adérmis Marini (PSDB) e Corrêa Neves Jr. (PSD) com relação a diversos assuntos, como o anúncio recente do Hospital de que 40 mil pessoas da cidade seriam testadas para o covid-19 (o que foi desmentido por algumas autoridades), números de atendimento e transferência de recursos.
A gestora informou que a informação sobre a testagem em massa chegou até a equipe do Hospital por meio do Partido Republicanos, mas sem citar nomes (“chegando a verba, podemos justificar de onde veio”, explicou). Ela garantiu que a testagem irá acontecer, e que enviou plano de trabalho sobre a medida ao Poder Executivo Municipal.
Outro dado apresentado foi que houve uma falha na regulação de leitos do Hospital, o que só foi corrigida por Daniela na semana passada. Por isso, segundo ela, até o momento o estabelecimento só atendeu três pacientes nos leitos reservados a pacientes com covid-19. Dois destes eram idosos provenientes de instituições de longa permanência de Franca:
Eles [moradores das instituições] foram acolhidos, tratados, e já receberam alta.
Ainda segundo a médica, o Hospital da Caridade conta com três leitos com respiradores, e um quarto ventilador deve chegar na instituição em breve:
Temos capacidade de ampliação, inclusive de terapia intensiva.
Atualmente, o local está creditado apenas como hospital de campanha (ou seja, de caráter emergencial), mas está correndo para garantir sua habilitação como hospital tradicional.
Daniela relatou atrasos no envio da primeira parcela de verbas pela Prefeitura, o que causou demora no pagamento de salários de funcionários. Ainda faltam duas parcelas a ser pagas. Por fim, ela esclareceu que seu centro de saúde firmou parceria com médicos do Albert Einstein, e não com o hospital em si.
O discurso da médica pode ser conferido na íntegra pelo Youtube e Facebook.
Comitê de enfrentamento ao covid tira dúvidas na Câmara
Os membros do comitê municipal de enfrentamento ao novo coronavírus, Adriano Moura e Homero Rosa Júnior, visitaram o Plenário na manhã de hoje, 30, para apresentar um panorama do combate à pandemia em Franca.
Durante as explicações dos dois médicos, a sessão foi suspensa pelo presidente da Câmara Municipal de Franca, o vereador Pastor Palamoni (PSD). Os profissionais da saúde também responderam perguntas dos parlamentares Carlinho Petrópolis Farmácia (PL), Corrêa Neves Jr. (PSD), Adérmis Marini (PSDB), Pastor Palamoni, Marco Garcia (Cidadania), Pastor Otávio Pinheiro (PTB), Ilton Ferreira (PL), Claudinei da Rocha (MDB) e Nirley de Souza (PP).
De acordo com Homero, a situação epidemiológica de Franca é “extremamente confortável” se comparada a Ribeirão Preto. A primeira apresentou oito óbitos; a última, 144. Mas ele alertou que a situação deverá piorar:
“Estamos caminhando para o pico máximo de casos e até óbitos. E Franca está em desvantagem com relação a casos graves, porque temos leitos insuficientes para o pior cenário possível. Temos um décimo dos casos de Ribeirão Preto. Por um lado, é bom que estamos sem gravidade, mas, por outro, [o cenário] despreocupa a população. Muitos ainda não estão usando máscaras quando saem”.
O médico também informou que os testes rápidos para covid-19 têm pouca valia (“Investir neles seria gastar dinheiro fora”, disse) e que exames já foram feitos nos profissionais de saúde e grupos de risco em prontos-socorros, UPA (Unidade de Pronto Atendimento), UBSs (Unidades Básica de Saúde), Santa Casa e asilos. Segundo Homero, há a possibilidade de vacina para o vírus no final deste ano ou no primeiro semestre de 2021. Para ele, é possível conciliar atividades econômicas com a pandemia, desde que a população siga as medidas de proteção.
Homero ainda explicou que o comitê não é gestor, e sim de enfrentamento:
“É um centro que bola estratégias de controle da doença. O foco, atualmente, deve ser em investir nas capacidades das nossas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) públicas”.
O discurso de Homero e Adriano pode ser visto na íntegra pelo Youtube e Facebook.
Câmara aprova modificação em sessão solene
A Câmara Municipal de Franca aprovou por unanimidade um projeto de lei (PL) na sua 18ª Sessão Ordinária, que ocorreu nesta terça-feira, 30. Trata-se do PL nº 134/2019, que altera a Lei nº 8.839/2019, a qual institui no município de Franca o “Dia do Estudante Samaritano”.
Tanto o projeto quanto a lei são de autoria do vereador Pastor Otávio Pinheiro (PTB). De acordo com a propositura, o Instituto Samaritano de Ensino, juntamente com o Poder Legislativo Municipal, organizará uma sessão solene anualmente para comemorar a data. Na lei original, as atividades comemorativas ficavam a cargo da escola e do Poder Executivo.
Também foi votada uma emenda ao projeto, de autoria do parlamentar Marco Garcia (Cidadania), mas ela foi rejeitada, por 7 votos a 6. De acordo com a matéria, se a sessão solene do Dia do Estudante Samaritano fosse realizada nas dependências da Câmara Municipal, ela só poderia acontecer no período da manhã, durante as sessões ordinárias.
Os parlamentares também deram o sinal verde a dez Requerimentos (um deles aprovado em regime de urgência), uma Moção de Apoio e uma Moção de Aplausos. A 18ª Sessão Ordinária foi transmitida ao vivo pelo canal aberto digital 61.3, pelo Youtube (Expediente e Ordem do Dia) e pelo Facebook (Expediente e Ordem do Dia). Todos os itens na pauta podem ser conferidos na íntegra aqui.
Discursos
Como não houve tempo para o uso da Tribuna no período da manhã, dois vereadores se pronunciaram à tarde. A primeira foi Cristina Vitorino (Republicanos), que utilizou seu tempo para divulgar a campanha “Sinal Vermelho”, a qual incentiva denúncias de violência por meio de um símbolo: um X na mão. O sinal pode ser exibido a um atendente de farmácia, para que ele acione as autoridades. A própria Cristina demonstrou a campanha desenhando um X na palma de sua mão.
“Se você está sofrendo algum tipo de violência, busque ajuda. Calar-se diante da agressão não é a solução. Denuncie”, pediu a vereadora. A campanha é de abrangência nacional. A vereadora também aproveitou para divulgar o lançamento da cartilha Vire a Página, Mulher (veja mais detalhes sobre a iniciativa aqui.
Em seguida, foi a vez do vereador Pastor Otávio Pinheiro (PTB). Ele solicitou, primeiramente, um minuto de silêncio pela morte de Adriana Regina Carlos. Depois, ele criticou abordagem que recebeu da Polícia Militar. Ele foi interpelado em seu carro, de madrugada, enquanto levava seu sogro à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Aeroporto. O idoso estava tendo uma crise e passava mal.
“A viatura da PM veio com toda a velocidade, parou do meu lado, e os policiais desceram armados da viatura, dizendo para eu sair do carro. E o meu sogro com uma crise de falta de ar no carro. E eles revistaram o meu carro com uma lanterna”. Apenas depois de constatarem que ele estava apenas socorrendo seu sogro, os oficiais o deixaram seguir viagem. Pastor Otávio criticou a truculência dos policiais.
(Comunicação Institucional Câmara)