A vereadora Marília Martins (PSOL) utilizou a Tribuna na 46ª Sessão Ordinária para tratar de temas ligados à educação, aos direitos humanos e à atuação das forças de segurança.
Movimento em defesa da Educação Especial
Ela iniciou destacando a defesa da educação especial e criticou o decreto estadual que propõe a substituição de professores especializados por cuidadores nas escolas.
A parlamentar relembrou mobilizações realizadas no início do ano, em 1º de novembro e reforçou o convite para todos interessados para o evento programado para 23 de novembro em São Paulo.
Franca inclusive segundo a parlamentar contará com representantes e enfatizou; ‘chamar atenção de que educação, escola, não é depósito de gente. É um espaço para formação pedagógica, formação do indivíduo, formação e convivência, inclusive, dos alunos com deficiência, com TEA e outras atipicidades”.
Marilia convidou a população e os parlamentares para participarem da caminhada em apoio à causa.
Dia da Consciência Negra
Na sequência, a vereadora tratou das atividades do mês da Consciência Negra e solicitou a exibição de um vídeo relacionado ao caso de policiais que entraram armados em uma creche em São Paulo após o desenho, feito por uma criança, de uma entidade de matriz africana.
Ao comentar a legislação antirracista e a importância da educação para o respeito à diversidade religiosa, Marília afirmou: “Embora eu defenda todas as religiões, dentro da escola nós estamos para ensinar os alunos.”
A vereadora também ressaltou que “o nosso país, que é construído com o sangue e o suor de um povo que foi sequestrado, escravizado, tiveram suas religiões e suas crenças massacradas nesse país, hoje encontram uma intolerância religiosa instrumentalizada no racismo”.
Sobre o episódio na creche, completou: “o que a gente não pode naturalizar é que em uma escola que está cumprindo a lei, tenha algum pai que fica revoltado porque quer a sua criança na ignorância, que dentro da sua casa não tem conversa, não tem explicação, não se respeita o livre arbítrio, e leva policiais com metralhadoras para dentro de uma sala de educação infantil”.
A vereadora reforçou que a superação da intolerância ocorre por meio de “conhecimento, convívio e amorosidade”, e convidou os colegas para a Sessão Solene a ser realizada nesta quarta-feira, 19 de novembro, às 19h30.
Segurança Pública
Outro tópico abordado por Marília foi o protesto realizado por policiais militares e civis no Estado. Segundo ela, a mobilização ocorreu após operações discretas na região da Faria Lima, que resultaram na prisão de chefes do crime organizado, e foi contrastada pela vereadora com a recente ação da polícia do Rio de Janeiro, que provocou mortes na comunidade.
Marília afirmou que a manifestação das categorias pressiona o governo estadual pelo cumprimento de promessas relacionadas a “plano de carreira, diminuição da jornada de trabalho de 40 horas, saúde e saúde mental para a corporação, as prerrogativas pertinentes e a previdência”.
A vereadora enfatizou que não é contrária às corporações e registrou solidariedade ao movimento dos policiais: “olhando para o que nos une, e não o que nos divide, a nossa sociedade está implorando desesperadamente e indo às ruas por diversos motivos, porque as prioridades aqui estão invertidas”.