O vereador Marco Garcia (PP) utilizou a Tribuna na manhã desta terça-feira (4), durante a 44ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Franca, para tratar de dois temas centrais: o descarte irregular de resíduos e as recentes obras de contenção realizadas no Rio do Engenho Queimado.
Descarte de resíduos e desafios ambientais
O parlamentar iniciou sua fala comentando sobre o descarte ilegal de lixo e as dificuldades enfrentadas, principalmente pela iniciativa privada. Segundo ele, o custo elevado para o descarte regular de resíduos é um entrave que afeta diretamente empresas de diversos segmentos.
“Infelizmente, esses resíduos — quer sejam do couro ou de moletons —, dependendo da quantidade, a empresa tem que pagar pelo lixo que é produzido. O que precisava ser feito é um preço mais acessível”, afirmou.
Marco Garcia mencionou também o impacto sobre grandes geradores de resíduos, como supermercados e restaurantes, e compartilhou uma experiência pessoal como empresário, destacando alternativas mais sustentáveis adotadas em outras localidades.
“Eu tenho uma fábrica de estopa e resíduo de jeans; eles me passavam gratuitamente, ao invés de destinar para Lavras, onde teria que pagar R$ 3 por quilo para o descarte”, explicou.
O vereador sugeriu a criação de parcerias e políticas públicas que tornem o manejo de resíduos mais viável e eficiente. Ele relembrou ainda o histórico do aterro sanitário municipal, desapropriado há 20 anos pelo então prefeito Sidnei Rocha, e alertou para o atual comprometimento da área.
“É um problema, e falo como empresário, pois tudo é custo. Sei que aumento de custo aumenta para o consumidor final. Então, precisaria ver se há como fazer uma parceria, poderíamos falar com nosso prefeito, porque nosso aterro está comprometido”, observou.
O parlamentar também defendeu a criação de ecopontos e campanhas de conscientização voltadas à população sobre o descarte correto, ressaltando a necessidade de maior engajamento coletivo.
“Infelizmente falta consciência ecológica de parte da população”, destacou.
Entre as medidas práticas, Marco sugeriu instalar câmeras de monitoramento em pontos críticos onde ocorre o despejo ilegal de resíduos, como na rodovia que liga Franca a Ribeirão Corrente.
“É muito lixo, e as sacolinhas não têm asas. As pessoas param lá com pequenos carros tipo caçamba e vão jogando às margens da rodovia. Isso tem um custo: a Prefeitura tem que colocar máquina, caminhão para coletar e levar até o aterro. O que deveria ser feito é colocar câmeras para identificar esses porcalhões. São cidadãos que não amam sua cidade, estão poluindo e causando muito mais despesa”, declarou.
Obras de contenção no Engenho Queimado
Na segunda parte de seu discurso, Marco Garcia alertou sobre o avanço de uma voçoroca sob o Rio do Engenho Queimado, destacando a importância das obras de contenção executadas pela Prefeitura. Segundo ele, a intervenção foi feita com agilidade, evitando danos maiores à infraestrutura local.
“Nesse trecho passa uma van com 17 alunos que vem para estudar em Franca. Foi feito o reparo em quase que tempo recorde, porque imagina o custo que seria para a Prefeitura, já que agora temos o período de chuvas e, se fosse levada a ponte, o transtorno seria enorme”, afirmou.
O vereador encerrou sua fala parabenizando o prefeito e o secretário de Obras pelo trabalho realizado.
“Quero mais uma vez parabenizar ao prefeito e ao secretário de Obras, que em tempo rápido fizeram a obra em função da chegada do período chuvoso. Foi um custo pequeno diante do que poderia ter sido”, finalizou.