A Câmara Municipal aprovou, durante a 45ª Sessão Ordinária realizada nesta terça-feira, 11 de novembro, o Requerimento de Urgência nº 1012/2025 e, em seguida, o Requerimento nº 1013/2025, ambos de autoria do vereador Walker Bombeiro da Libras (PL).
Audiência Pública – Atividade Delegada
Os documentos solicitam a reserva do Plenário para o dia 11 de dezembro, às 19h, para a realização de uma Audiência Pública sobre a Atividade Delegada da Polícia Militar. O requerimento de urgência foi aprovado com 14 votos favoráveis.
O parlamentar mencionou dificuldades enfrentadas pelos militares quanto aos pagamentos com descontos para quem realizada a Atividade Delegada.
Walker comentou; ‘como não tive resposta do órgão, plausíveis para passar a população e aos próprios policiais militares resolvi tomar essa atitude para fazer essa audiência pública para esclarecer porque só em Franca, a Atividade Delegada está sendo tributada’.
Ele acrescentou; ‘não tive nada documentado, os requerimentos que fiz as respostas foram vagas, e tenho visto que mediante as audiências as coisas acontecem tive que tomar essa medida’

Audiência Pública – Centros Comunitários
Sobre a questão dos Centros Comunitários, o parlamentar relatou que recebe reclamações frequentes durante visitas e demonstrou preocupação com a falta de projetos culturais em bairros como City Petrópolis, Palmeiras e Leporace. “O centro do Leporace ficou abandonado quantos meses?”, questionou.
O tema gerou amplo debate, a vereadora Marilia Martins (PSOL) elogiou a iniciativa e destacou a importância desses espaços. “Centro comunitário é um lugar que deveria ser fortalecido, pelo que o próprio nome diz, para toda a comunidade ali do entorno.” Ela relacionou o problema à ausência de políticas culturais estruturadas e à falta de orçamento destinado ao setor. “Hoje a cultura não tem plano municipal de cultura, nós não temos nem sequer 1% do orçamento da cidade para cultura, e os centros comunitários acabam sendo deixados de lado”, afirmou.
O vereador Marcelo Tidy (MDB) também se manifestou, ressaltando exemplos de centros comunitários ativos e outros que enfrentam dificuldades. “Os centros comunitários precisam ser valorizados, a exemplo do centro comunitário do Jardim Paulista, comandado pelo Osmarzinho, que em toda sexta-feira tem o encontro de violas, tem aula de karatê, tem aula de balé, então é um espaço que envolve muitos serviços sociais.” Ele mencionou ainda o centro do Santa Efigênia, que abriga atividades da terceira idade, e citou o fechamento do centro do Jardim Aeroporto. “Se nós não cuidarmos dos nossos espaços, nós vamos ter espaços cada vez mais degradados e gerando prejuízos para nossa cidade”, concluiu.
Carlinho Petrópolis (PL) afirmou visitar regularmente os centros comunitários e pontuou dificuldades na prestação de contas e manutenção. “Acho que as pessoas não podem depender só do poder público, tem que fazer sua parte, o nome já fala: é centro comunitário. A Prefeitura tem que fazer a parte dela, mas a comunidade tem que fazer a dela também.”
Zezinho Cabeleireiro (PSD) parabenizou Walker pela iniciativa e lembrou o histórico do centro comunitário do Jardim Paulistano, hoje fechado. “Eu batalhei muito para ele poder ser construído. Aquilo foi através dos moradores que foi construído o centro comunitário”, afirmou. Ele ressaltou que o local precisa de manutenção para retomar atividades como aulas de dança e informática.
Gilson Pelizaro (PT) defendeu que os centros comunitários mantenham independência em relação ao poder público. “É um espaço que a comunidade tem para desenvolver as políticas daquela comunidade, para desenvolver atividades daquela comunidade.”
Ele questionou o encerramento de atividades em alguns bairros: “Então quer dizer que o Aeroporto 3 não vai ter mais centro comunitário? Não tem espaço físico? Não é assim que se constroem políticas.” E reforçou: “Aquele espaço é um espaço sagrado, um espaço da comunidade.”
Por fim, Marco Garcia (PP) observou que, em alguns casos, há mau uso político dos centros comunitários e ausência de participação da própria população. “Ninguém da comunidade se habilitou a disputar”, disse, referindo-se ao centro do bairro Santa Luzia. Ele destacou que muitos espaços precisam complementar a verba pública com eventos e arrecadações próprias. “É um dinheiro que entra para se fazer jus frente às despesas que têm”, explicou.