O vereador Gilson Pelizaro (PT) utilizou a Tribuna na 43ª Sessão Ordinária para tratar de diferentes temas, entre eles, infraestrutura urbana, apoio institucional e segurança pública.
Iluminação Pública
A primeira pauta de sua fala foi sobre iluminação pública. Gilson cobrou o atendimento de uma indicação feita em abril referente à manutenção da iluminação na praça do bairro Jardim Bueno, espaço muito utilizado por jovens que praticam skate.
Segundo ele, o problema é simples de resolver com a estrutura já disponível pela Prefeitura, mas permanece sem solução.
Fundação Allan Kardec
Em seguida, o parlamentar comentou sobre uma emenda de R$ 200 mil destinada à Fundação Allan Kardec, de autoria do deputado Eduardo Suplicy, já paga e que em breve estará disponível para custeio de despesas da instituição.
Violência Rio de Janeiro
A parte mais enfática de sua fala, no entanto, foi sobre os recentes episódios de violência no Rio de Janeiro. Gilson lamentou as 134 mortes registradas após a megaoperação policial e criticou a condução da ação.
“Quem decreta a mega-operação, quem faz o planejamento, quem tá dentro de um gabinete, não vai na linha de frente. É fácil pegar um pai de família, um policial pai de família, um jovem policial, e enfiar lá na batalha com os traficantes. Agora, investir na inteligência policial, não se investe. Prefere uma ação midiática, traumática, uma chacina”, afirmou.
O vereador destacou que a maioria dos moradores das comunidades são trabalhadores e acabam reféns dos confrontos. Para ele, a segurança pública deve ser conduzida com planejamento e inteligência, evitando que civis inocentes sejam atingidos.
Violência e política
Ele também criticou o uso político das operações, que, segundo ele, se transformam em ações midiáticas com fins eleitorais.
Gilson reforçou que a responsabilidade pela segurança é compartilhada entre as esferas federal, estadual e municipal, mas lembrou que a operação foi ordenada pelo governo do estado do Rio de Janeiro. O parlamentar observou ainda que o efetivo policial não possui o poder de fogo necessário para confrontar o armamento dos criminosos.
“No final das contas, ninguém ganhou. Várias famílias perderam seus entes queridos, que só vão ser checados agora, se era cidadão de bem ou se era bandido, depois que for ver o RG. Mais de 60 mortos foram recolhidos pela própria população das favelas do Rio de Janeiro”, concluiu Pelizaro.