Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 7 de outubro, a vereadora Marília Martins (PSOL) fez uso da tribuna da Câmara Municipal de Franca para tratar de temas relacionados à violência, à justiça e à saúde pública.
Violência escolas
No início de sua fala, Marília comentou o episódio de agressão ocorrido na Unesp de Franca, trazendo sua própria experiência como professora da rede pública para o debate. Ela relatou ter presenciado situações de violência em sala de aula, frequentemente protagonizadas por alunos que viviam realidades marcadas por violência doméstica, falta de alimentos e vulnerabilidade social.
Segundo a parlamentar, o ingresso no ambiente universitário muitas vezes oferece aos estudantes a oportunidade de compreender e elaborar as experiências de repressão e violência que enfrentaram desde a infância.
Marília afirmou; “eu estou aqui para defender a não violência. Em nenhum caso é admissível que a gente perca a razão e parta para cima do outro. O que eu vou dizer aqui é o mesmo que eu digo para os alunos, é o mesmo que eu digo para esta anistia, é o mesmo que eu digo para os culpados dos roubos do INSS. Eu soube que existem situações preexistentes que culminou neste ato, vou aguardar as investigações e desejo que a justiça seja feita, porque não existe paz sem justiça”, afirmou.
A vereadora reforçou que o rigor da lei deve ser aplicado a todos, sem exceções, destacando que o livre-arbítrio não isenta ninguém das consequências de seus atos.
Críticas governador
Em outro momento de sua fala, Marília Martins criticou duramente um vídeo divulgado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, onde ele declara que “no dia que falsificarem a coca-cola, vou me preocupar”, segundo ela, “ele debochou das vítimas do metanol” — em referência aos casos de intoxicação e mortes causadas por bebidas adulteradas com a substância.
“Quando se trata da saúde e da vida das pessoas, não tem espaço para deboche e para brincadeira”, declarou.
Fiscalização em Franca
A parlamentar informou que está em curso uma força-tarefa em Franca, com a participação de bares e restaurantes, voltada ao combate da comercialização de bebidas adulteradas.
“A gente vai continuar acompanhando e aguardando também por parte da população para que denunciem caso venham a saber de algo, caso vejam espaços que podem estar sendo utilizados para fazer estas adulterações”, concluiu, conclamando a comunidade a colaborar com o esforço de vigilância.