Durante a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Franca, realizada nesta terça-feira (7), o munícipe Mauro Horácio relatou dificuldades enfrentadas por sua família no atendimento do Pronto-Socorro “Dr. Álvaro Azzuz”.
Ele defendeu melhorias urgentes na rede pública de saúde e afirmou que a situação do município reflete uma crise nacional no setor.
Mauro contou que seu irmão foi encaminhado ao pronto-socorro com recomendação médica de urgência, mas não recebeu o atendimento adequado.
Segundo ele, houve falha no processo de regulação estadual, o que acabou resultando na amputação da perna do paciente.
O vereador Marco Garcia (PP) ressaltou que Franca sofre com a sobrecarga de atendimentos por ser polo regional, recebendo pacientes de diversas cidades. Ele citou o caso de uma moradora de Cássia (MG) que foi atendida em Franca, embora o município de Passos, mais próximo, também possua hospital. O parlamentar reforçou que a cidade enfrenta carência de unidades hospitalares.
O vereador Zezinho Cabeleireiro (PSD) afirmou que tem buscado apoio para ampliar a rede hospitalar e melhorar o atendimento à população. Ele defendeu que a solução definitiva exige a união entre os prefeitos das cidades que utilizam os serviços de saúde de Franca.
O vereador Leandro O Patriota (PL) apresentou números sobre a situação da saúde pública no país e reiterou seu compromisso de acompanhar de perto as unidades e os atendimentos municipais. Na avaliação do parlamentar, a crise decorre da falta de empatia dos governos federal e estadual. Ele destacou ainda a importância da cooperação entre Executivo e Legislativo e afirmou que a construção de um novo hospital poderá aliviar a demanda sobre o sistema.
A vereadora Marília Martins (PSOL) avaliou que a precariedade do atendimento é consequência do distanciamento dos gestores públicos em relação à realidade dos usuários do SUS, observando que muitos governantes não vivenciam o sistema e, por isso, desconhecem suas dificuldades.
Ao encerrar sua participação, Mauro Horácio reforçou o pedido por melhorias na triagem e nos protocolos de urgência do pronto-socorro, defendendo mais sensibilidade e atenção nos casos graves.