Na manhã desta terça-feira (19), durante a 33ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Franca, o munícipe Jorge Martins fez uso da Tribuna Popular para relatar preocupações relacionadas à violência e à situação de pessoas em vulnerabilidade social na cidade.
Em seu discurso, Jorge agradeceu aos parlamentares pelo espaço e recordou sua participação em audiências públicas anteriores sobre o tema dos moradores em situação de rua. Ele solicitou ainda a exibição de vídeos no telão, com depoimentos de pessoas que vivem nas ruas, descrevendo as dificuldades enfrentadas diariamente.
O munícipe comentou sobre as mudanças ocorridas na área em frente ao Centro Pop, onde barracas utilizadas por moradores em situação de rua foram retiradas. Segundo ele, a medida não solucionou o problema, apenas transferiu a concentração dessas pessoas para outras regiões da cidade, especialmente no bairro Santa Terezinha.
Jorge também apontou que alterações recentes em projetos sociais pretendiam a ampliação de moradias de 110 para 200 unidades, mas, reduziram a oferta de alimentação. “Antes eram servidas de 80 a 100 refeições às pessoas em situação de rua, agora diminuíram para 50. A Prefeitura não mediu ou ignorou os impactos disso. É óbvio que causaria transtornos”, afirmou.
Para ele, a falta de planejamento trouxe consequências graves. “O resultado é que temos uma legião de famintos e miseráveis. Sem a alimentação que tinham antes, essas pessoas estão perambulando pelas ruas. O que se espera disso? Vão pedir nos semáforos, nas ruas, nos automóveis, ou que furtar ou roubar. Porque é do instinto do ser humano comer”, alertou.
Martins ainda lamentou a falta de informações sobre o caráter provisório da mudança. “A Prefeitura não explicou nada à população. Ninguém sabe por quanto tempo essa redução será mantida”, criticou.
Encerrando sua fala, o munícipe reforçou o pedido de apoio aos vereadores para que busquem soluções mais eficazes. “As consequências estão aí, atingindo os moradores em situação de rua e toda a região. A proposta feita está causando transtornos para os bairros”, concluiu.