A vereadora Marília Martins (PSOL) fez abordagens importantes na manhã desta terça-feira (12), durante a 32ª Sessão Ordinária realizada na Câmara Municipal de Franca.
Violência contra servidores
Inicialmente, comentou sobre a repercussão nacional após a agressão de uma paciente contra uma técnica de enfermagem na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Luiza, na zona norte da cidade.
“Franca foi notícia até no Fantástico, e não foi de uma forma boa”, lamentou a vereadora.
Ações da CEAR Funcionalismo
Marília lembrou as visitas conjuntas realizadas com outros parlamentares por meio da Comissão Especial de Assuntos Relevantes (CEAR), criada para acompanhar e fiscalizar as condições de trabalho do funcionalismo público municipal.
“Nós temos acompanhado, tanto nas visitas pela CEAR quanto por meio de outros servidores com quem mantenho contato, e identificamos o medo dos servidores em relação às agressões e à violência ocorrem há muito tempo, e em mais de um local’
Segundo a vereadora, no Pronto Socorro Álvaro Azzuz existem problemas que podem e devem ser resolvidos. “Quero chamar atenção para as unidades de urgência e emergência, já falei algumas vezes e não quero ser repetitiva. Primeiramente, lá não tem guarda municipal. Existe uma empresa de segurança que cuida do patrimônio, mas não se envolve em casos de agressão.”
Ela exemplificou: “Recentemente, houve uma briga entre dois pacientes e ninguém interveio. Todos que estavam perto se prejudicaram, porque a briga não ficou só entre eles’
A legisladora ainda pontuou sobre outras questões; “outra situação que está apontada há um tempo é a forma do regramento e identificação para entrada dos acompanhantes. Pela legislação, menores de idade é necessário acompanhante, e para maiores de 60 anos também, o que é correto. Mas não existe um controle eficiente de quem entra na unidade. Inclusive, já aconteceu de uma pessoa entrar procurando alguém com quem queria falar e chegaram a entrar no refeitório dos servidores.”
Reforço na segurança
A parlamentar fez uma reflexão sobre a falta de segurança nas unidades; “Qual é o problema disso tudo? Vai criando uma cultura de que está tudo solto e largado ao não ter guarda, e por que não tem mais guarda municipal? Vai exonomizar em segurança? Isso que dá.’
Ela mencionou o fato de um guarda que foi afastado após agredir um paciente que fazia tratamento oncológico e aguardava para atendimento. Marília lembrou ‘mandamos ofício questionando se esses guardas estão recebendo apoio psicológico, pois é um posto de trabalho de muita tensão. E aí simplesmente retiram a guarda e colocam segurança, como se isso fosse resolver.”
A vereadora deixou um apelo à Administração Municipal: “Olhem com seriedade para a questão da segurança e convoquem os concursados que já passaram e estão aguardando chamamento para ocupar os postos de trabalho. Muitos guardas estão adoecidos e afastados.”
Ela ainda pontuou a falta de segurança nas áreas externas do Pronto Socorro Municipal, como estacionamento, entrada de ambulâncias e outros pontos que necessitam de maior vigilância. “Isso é grave e não é de agora, por isso fazemos esse apelo.”
Essas situações, segundo Marília, foram identificadas durante as visitas da CEAR e indicam problemas que precisam ser solucionados. “São medidas que garantiriam aos profissionais segurança para entrar e sair de seus locais de trabalho.”
Falta estrutura GCM
A vereadora também relembrou a precariedade da estrutura da Guarda Municipal, apontada nas visitas da CEAR: “As armas de choque, na maioria, não estão funcionando. Como se pode dizer que vão usar, se em caso de agressão precisam imobilizar e estão com armas de brinquedo? Se não funcionam, para que estão lá?” Além disso, mencionou a falta de áreas adequadas para treinamento e a carência de bateria para rádios comunicadores.
“É preciso olhar para a segurança pública com um mínimo de estrutura para que esses funcionários possam trabalhar. Não são só os agredidos que precisam de atenção psicológica, mas toda a equipe desses locais ficam desestabilizadas.” alertou.
Por fim, reforçou: “Meu apelo hoje é para que olhemos para as unidades básicas e os postos de urgência e emergência com a importância que eles têm.”
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