O vereador Marco Garcia (PP) utilizou a Tribuna na manhã desta terça-feira (19), durante a 33ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Franca, para tratar de temas como a situação dos moradores em situação de rua, exploração infantil, política social e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
População em situação de rua
O parlamentar iniciou seu discurso mencionando apontamentos feitos por um munícipe na Tribuna Livre, que geraram debate entre os vereadores.
Marco questionou a eficácia dos programas sociais voltados para pessoas em vulnerabilidade: “Por que as pessoas não querem trabalhar? Por causa dos R$ 600. Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, registrava a pessoa e não perdia o benefício”, disse. Ele também questionou sobre o impacto das políticas de acolhimento: “Precisamos sim de políticas públicas, mas eles querem sair da rua?”
O vereador citou exemplos de sua experiência como empresário e das dificuldades enfrentadas: “Ofereço benefícios, como 50% de desconto em academia, plano odontológico gratuito e incentivo para quem não apresenta atestado. É uma forma de valorizar o trabalhador. Mas está difícil, porque enquanto estamos trabalhando, temos um governo perdulário que só pensa em gastar.”
Marco ainda ressaltou a necessidade de integração entre União, Estados e Municípios: “A política social tem que ser feita em três níveis. Falar de quem passa fome é fácil, mas viver isso é muito difícil. É preciso também ver quem quer sair dessa situação.”
Gastos públicos e STF
Na sequência, Marco criticou o número de ministérios do atual governo federal e os valores gastos em viagens oficiais.
“Chegam a pagar até R$ 70 mil em hotéis, valor que daria para construir quase duas casas populares. O ex-presidente Bolsonaro dormia em embaixadas. Mas não serve de exemplo, porque hoje só querem conspurcar sua biografia”, afirmou.
Ele também questionou decisões do STF envolvendo Jair Bolsonaro: “Ele não tem foro privilegiado, isso não deveria estar no Supremo, tinha que ser em 1ª instância, como foi com o atual presidente, que foi preso e condenado pelo juiz Sérgio Moro. Na 2ª instância aumentaram a pena, na 3ª instância confirmaram a condenação e, depois, foi liberado para disputar a eleição. Hoje, Bolsonaro nem pode ver os filhos, mas até a Janja, que antes não tinha vínculo com Lula, frequentava a Polícia Federal e ele dava até entrevistas.”
Marco alertou sobre riscos à democracia: “O país está caminhando a passos largos para um regime ditatorial. Mas toda onça tem seu dia de tapete. A Lei Magnitsky é pesada, mas existe para proteger os direitos humanos.”
Exploração infantil
O parlamentar também comentou casos recentes de exploração infantil, mencionando a votação sobre a castração química de abusadores.
“Sabe quantos deputados votaram contra? Foram 267 a favor e 85 contra. O PSOL, com seus 10 deputados, votou contra. O PCdoB também votou contra. Então, é demagogia! A mentira é escuridão, e a verdade é luz. As narrativas caem como manga madura. Contra fatos, não há argumentos”, concluiu.