Durante a 31ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Franca, realizada na manhã desta terça-feira (5), a vereadora Andrea Silva (Republicanos) utilizou a Tribuna para destacar a campanha Agosto Lilás, que visa conscientizar e combater a violência contra a mulher em todo o país.
Ações efetivas
Em sua fala, a parlamentar defendeu o fortalecimento de políticas públicas voltadas à proteção das mulheres e destacou a necessidade do engajamento de órgãos governamentais e da sociedade civil nesse processo.
“Infelizmente, a realidade confronta com os números, que são alarmantes”, alertou.
Andrea apresentou dados que evidenciam a gravidade da situação no Brasil. Segundo ela, em 2024 foram registrados 87.545 casos de estupro e 1.492 casos de feminicídio, o maior número desde que esse crime passou a ser tipificado, em 2015.
A vereadora lamentou que a maioria das agressões ocorra dentro de casa, praticadas por companheiros ou pessoas próximas da vítima.
“Estamos vendo o quanto a mulher é agredida e penalizada por aquele que deveria protegê-la. É triste isso! E volto a falar: precisamos de leis mais duras para penalizar esses agressores”, afirmou.
Casos de feminicídio
Em âmbito local, Andrea Silva fez um alerta preocupante ao mencionar que Franca lidera o ranking regional de casos de feminicídio.
Para ela, é fundamental refletir sobre as falhas no sistema de prevenção e acolhimento às vítimas. “Precisamos nos perguntar: onde estamos falhando? Onde está o gargalo no sistema de prevenção e proteção?”, questionou.
A vereadora ressaltou que a violência contra a mulher vai além da questão de segurança pública: “É uma questão de dignidade humana, de fé e de justiça social”, enfatizou.
Andrea também trouxe à tona reflexões sobre o papel da cultura e da religião no enfrentamento à violência doméstica. Segundo ela, é preciso romper o ciclo de medo e silêncio que ainda impede muitas mulheres de denunciar.
“Jesus nos ensinou sobre o amor, respeito e compaixão. Nenhuma forma de violência pode ser justificada sob o manto da cultura, da religião ou do silêncio. Devemos denunciar, acolher e, principalmente, prevenir”, concluiu.
Ao encerrar sua fala, a parlamentar convocou os demais vereadores e a sociedade francana a se unirem no combate à violência de gênero: “Vamos falar sobre violência contra a mulher e que a gente possa combater isso com mais afinco”.
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