Durante a 27ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Franca, realizada na manhã desta terça-feira (8), o vereador Marcelo Tidy (MDB) utilizou a Tribuna para fazer duras críticas à falta de leitos na rede pública de saúde.
Calamidade na saúde
Segundo o parlamentar, são constantes as reclamações recebidas por vereadores sobre a dificuldade de internação de pacientes, situação que classificou como "calamidade pública na saúde".
Tidy apontou a responsabilidade do Estado na oferta de leitos hospitalares e demonstrou insatisfação com a atuação do Governo de São Paulo:
"Eu já disse que tenho apreço pelo governador Tarcísio de Freitas, mas o que a gente não pode aceitar é ver a falta de leitos, sendo que é responsabilidade do Estado providenciá-los. Na pandemia, criaram hospitais de campanha. Por que agora não se faz o mesmo? Não dá para aceitar que pessoas fiquem 10 ou 12 dias esperando por um leito", criticou.
O vereador também destacou que, embora os atendimentos nas UPAs e Prontos-Socorros estejam acontecendo, essas estruturas não são adequadas para internações prolongadas. Ele fez questão de reconhecer o esforço dos profissionais da saúde:
"Os profissionais merecem nosso respeito, mas eles estão sendo sobrecarregados por uma estrutura que não atende à demanda", afirmou.
Hospital Estadual
Outro ponto levantado foi sobre as obras Hospital Estadual de Franca, que, segundo Tidy, estava previsto para o primeiro semestre de 2025.
Com as obras ainda em andamento, a estimativa agora é de que a unidade — que contará com 225 novos leitos — só seja concluída em 2026. "O Hospital Estadual vai ajudar? Vai. Mas até lá, as pessoas vão continuar esperando. Não há uma data concreta para a inauguração", lamentou.
Fila de espera e participação política
O vereador também chamou atenção para o grande número de pessoas que aguardam exames e cirurgias eletivas na cidade: "Temos mais de 12 mil pessoas na fila"
Diante do cenário, Tidy reforçou a importância de mobilizar a região e propôs a realização de audiências públicas para discutir o tema com maior profundidade.
Ele defendeu ainda a participação de deputados estaduais no debate: "Aqui temos dois deputados — a doutora Graciela e o deputado Guilherme Cortez. Eles precisam participar. A responsabilidade está recaindo apenas sobre os vereadores. Eu estou à disposição 24h, mas os deputados têm mais força e devem cobrar o governo do Estado."