Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Franca, realizada na terça-feira, 10, a presidente da Cooperativa de Catadores de Franca, Diana Angélica de Bastos, utilizou a Tribuna Livre para apresentar o trabalho desenvolvido pela instituição.
“É um trabalho muito importante para a cidade. Se trata de um trabalho que mantém a cidade limpa. Hoje em dia a gente emprega 60 famílias e nosso trabalho ainda é muito pouco conhecido”, afirmou Diana, que também convidou a população e os vereadores a conhecerem a usina de triagem.
“Vir aqui falar é uma coisa, agora vocês ir lá conhecer na prática é outra coisa”, destacou a presidente da cooperativa, reforçando a necessidade de que os moradores façam a separação correta dos materiais recicláveis e orgânicos em casa para evitar riscos aos trabalhadores.
Ela defendeu a criação de campanhas de conscientização e alertou: “Somos nós que colocamos a mão na fralda suja, somos nós que colocamos a mão o papel higiênico, somos nós que colocamos a mão na seringa. Eles têm que entender que aquele descarte, além de ser a sobrevivência de 60 famílias, tem que entender que aquilo ali não é mecanizado, são seres humanos que colocam a mão naquilo”.
‘Vou aguardar a visita ansiosamente, porque o conhecimento de todos e essa parceria, vão poder contribuir e muito com a cooperativa’ conculuiu.
Vereadores
O vereador Gilson Pelizaro (PT) elogiou o trabalho da cooperativa. “O trabalho que a cooperativa faz é extremamente importante para a nossa cidade, principalmente na questão ambiental e também na questão econômica”, disse, destacando o número de pessoas envolvidas na instituição, que ele já visitou várias vezes. Pelizaro manifestou esperança de que o novo contrato de concessão do serviço de limpeza pública, que prevê a construção de uma usina de compostagem, possa ampliar o trabalho e o quadro de funcionários da cooperativa.
Marco Garcia (PP) pediu à população mais atenção para a coleta seletiva em casa, ressaltando a importância da separação correta para ajudar a cooperativa. “Precisa ter mais ainda uma conscientização da nossa população de separar dos materiais, porque esse lixo desafoga o nosso aterro sanitário e aumenta um pouco mais de recursos para aqueles que vivem deste material reciclável”, afirmou.
Já o vereador Marcelo Tidy (MDB) defendeu a valorização da cooperativa e melhorias na remuneração dos trabalhadores. “Um salário que gira em torno de R$ 1,7 mil é pouco pela importância que vocês contribuem não só com o meio ambiente, que é importantíssimo”, destacou.
Fransérgio Garcia (PL) ressaltou o papel da reciclagem no desenvolvimento econômico da cidade e anunciou que apresentará um projeto de lei para condicionar a liberação do “habite-se” das novas casas à instalação de lixeiras em frente aos imóveis, facilitando a coleta e a separação dos resíduos. “Acredito que isso possa contribuir muito e somar com o trabalho de vocês”, disse.
A vereadora Marília Martins (PSOL) defendeu o reforço das equipes de reciclagem e a criação de pontos de apoio para os catadores de recicláveis em toda a cidade. Ela destacou a importância da reciclagem para a preservação ambiental e para a conscientização da população. “Não existe jogar fora no nosso planeta. A gente tem que reciclar. Não existe planeta B”, finalizou.