Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 24, o munícipe Leontter Reche fez uso da Tribuna Livre da Câmara Municipal de Franca para abordar a importância do Dia Mundial do Orgulho Gay, celebrado em 28 de junho, e reivindicar mais atenção e políticas públicas voltadas à população LGBTQIAPN+ no município.
Logo no início de sua fala, Leontter pediu que as sessões da Câmara passem a ser realizadas em horários alternativos ao expediente comercial, como forma de incentivar a participação popular nos debates legislativos: “É importante pensar na participação política caso esta Casa queira que exista esta participação de boa parte da população”.
Em seguida, ele chamou a atenção para a ausência de políticas públicas destinadas à população LGBTQIAPN+ e apontou a exclusão enfrentada por esse grupo em diversas áreas. “Somos esquecidos na segurança pública, somos esquecidos no serviço de saúde pública, somos esquecidos do orçamento, somos esquecidos nos levantamentos de dados, somos esquecidos o tempo todo nesta cidade”, afirmou.
Leontter destacou ainda que a falta de reconhecimento institucional impacta diretamente no acesso a direitos básicos: “Quando não reconhece um corpo, não reconhece os direitos fundamentais que este corpo carrega”, disse ele, ao defender a criação de políticas específicas e a destinação de orçamento próprio.
O munícipe também relatou as dificuldades que a população LGBTQIAPN+ enfrenta para acessar serviços essenciais, como os de saúde. Em tom de indignação, questionou: “Estas pessoas não importam? Estas vidas são descartáveis?”.
Durante sua fala, ele demonstrou preocupação com a violência e os crimes de ódio que atingem o grupo e reforçou a necessidade de ações concretas de combate ao preconceito. “Não queremos só homenagens, não queremos só solenidades, nem apenas assistencialismo, queremos seguir em frente com dignidade e com possibilidade de desenvolvimento”, concluiu.
Vereadores
O vereador Leandro O Patriota (PL) também se manifestou durante a sessão. Ele reafirmou sua posição contrária a qualquer tipo de violência e discriminação: “Sou uma pessoa que acredito que todos nós somos filhos de Deus, nós temos os mesmos direitos”.
O parlamentar ainda colocou seu mandato à disposição para colaborar com o acesso da população LGBTQIAPN+ aos serviços públicos, especialmente na área da saúde.