Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Franca realizada nesta terça-feira, 29, o vereador Gilson Pelizaro (PT) fez um pronunciamento contundente abordando questões relevantes para a população, como as fraudes nos descontos das aposentadorias do INSS, os problemas na área da saúde e os investimentos na educação estadual.
O parlamentar iniciou sua fala criticando a falta de apuração das irregularidades ocorridas nas aposentadorias durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando que a prática já se estende desde 2016.
“Nós estamos falando desde 2016. Foi no Temer que começou essa falcatrua com estas entidades que utilizavam de recursos dos aposentados sem a devida autorização de desconto na folha”, afirmou.
Gilson defendeu que a investigação seja feita com seriedade, começando pela origem dos fatos. Ele pontuou que o atual governo federal está tomando providências. “Assim que o governo Lula tomou posse já pediu para fazer as investigações”, declarou. O vereador também defendeu a criação de uma comissão parlamentar de investigação em nível federal.
“A fraude é que tem bandido travestido de servidor público no INSS que estava mandando a fatura sem a devida autorização. Isso precisa ser apurado? É lógico que precisa ser apurado. Mas tem que pegar o fio da miada, tem pegar lá do comecinho, tem que dar nome aos bois, a investigação tem que ser séria, não pode ser seletiva”, defendeu.
E acrescentou: “Um governo que pede a investigação, um governo que pede para a Polícia Federal investigar, para a AGU investigar, não está passando o pano para ninguém. Os fatos devidamente têm que ser apurados”.
Falta de medicamentos
Em seguida, Gilson abordou os desafios enfrentados pela população na área da saúde, principalmente no que diz respeito ao acesso a medicamentos de alto custo.
“O medicamento de auto custo não está chegando para quem precisa. Tem gente que tem processo solicitando medicamento desde o mês 10 de 2024, medicamento de uso contínuo que a pessoa não pode ficar sem e a pessoa não tem condição de comprar”, afirmou o vereador, responsabilizando a DRS, órgão vinculado ao governo estadual, pela falta de respaldo à população.
Por fim, o parlamentar comentou sobre a implantação de escolas cívico-militares no Estado de São Paulo, alertando sobre os custos envolvidos e o abandono das escolas convencionais. Ele destacou a greve dos educadores como reflexo da precarização da educação pública estadual.
“Porque não dá o mesmo tratamento que vai dar para a escola cívico militar para as escolas convencionais, na questão pedagógica, nas orientações que precisam ser dadas, para melhorar a condição de ensino, e aí sim melhorar os números”, sugeriu. E finalizou: “Se você dá estrutura não precisa ser militar. Dá estrutura para os professores, para os orientadores pedagógicos, dá estrutura para as escolas estaduais e você vai ver se os números não vão melhorar”.