A vereadora Marília Martins (PSOL) fez uso da Tribuna na manhã desta terça-feira, 29 de abril, durante a 17ª Sessão Ordinária realizada no Plenário da Casa de leis francana.
Inicialmente comentou sobre o Dia do Trabalhador comemorado em 1º de maio ‘para quem ainda tem alguma dificuldade de ter consciência de classe, a gente pode até fazer um exercício juntos. Se vocês parassem de trabalhar hoje, o dinheiro que tem na conta pessoal os manteriam por quanto tempo? Dez anos? Cinco anos? 1 ano? Alguns dias?’
‘Tem alguns já estão no débito, mas se vocês cogitaram fazer esse cálculo, quero falar com vocês, porque é dessa classe trabalhadora que estou falando. E falar de trabalhador, é falar de 90% da população que todos os dias luta para cuidar dos seus filhos, pagar suas contas e esperar por dias melhores’ acrescentou.
Em seguida, a legisladora pontuou sobre as dificuldades na área de educação em especial os professores da rede estadual que iniciaram o estado de greve por melhorias nas condições de trabalho e valorização profissional. Ela ainda voltou a criticar a decisão do Estado de trocar professores especializados da educação especial por cuidadores que tem apenas ensino médio.
‘Aqui em Franca temos também servidores públicos que se movimentaram, começaram por um dissídio, mas foi para uma construção de uma luta maior que é a dignidade dos que cuidam da nossa cidade e estão adoecendo física e mentalmente’ ressaltou.
Dia da Empregada Doméstica
A parlamentar também mencionou o Dia da Empregada Doméstica comemorado em 27 de abril ‘é dia de lembrar de Sônia, uma mulher que viveu por mais de 40 anos em trabalho situação análoga à escravidão dentro da casa de um desembargador. Olha só! E aqui em Franca mesmo, vez ou outra encontram pessoas na mesma situação de Sônia. E na maioria das vezes, essas pessoas tem o rosto de uma mulher preta’
Ela ainda lembrou as dificuldades de outras categorias, citou as reivindicações feitas em Plenário pelos motoristas de aplicativos, além de se solidarizar com empreendedores, comerciantes e trabalhadores informais. ‘Todos lutando contra um sistema que não foi feito para eles, não é feito para incluir esses pequenos, a população que está na base’ disse a vereadora.
Investigações INSS
Ainda em seu discurso, Marília comentou sobre as investigações quanto ao desvio de R$ 6,3 bilhões de recursos de aposentados e pensionistas do INSS. ‘Esse foi um esquema que vem acontecendo e foi identificado desde 2019 com o Temer. E de três passou para onze no governo passado do presidente inelegível, e só agora, é que esse problema começa a ser enfrentado. E aí vos faço uma pergunta, que tipo de futuro estamos querendo construir? Enquanto trabalhador se mata para pagar suas taxas, impostos pesadíssimos, magnatas seguem construindo suas ricas fortunas que os sustentariam por 100 vidas sem que tivessem que se levantar um dia sequer para trabalhar’
‘Estou aqui para reforçar o meu compromisso, estou e sempre estarei ao lado da classe trabalhadora. A minha luta é para que tenhamos salários mais dignos, condições de trabalho mais justas, possibilidade de crescimento, taxação daqueles que lucram as custas da maioria da população’ enfatizou.
Para finalizar, Marília Martins rebateu algumas críticas ‘continuo na minha posição de que exijo o cumprimento da lei. Não é nem mais, nem menos, tem que se investigar e tem que punir a todos. Não adianta acobertar e falar "não roubei", é importante não deixar roubar. Já sabia-se há anos desse roubo que estava acontecendo e no final das contas, sabe o que dizem qua do falta dinheiro para aposentar os trabalhadores? É que tem que cortar aposentadoria e diminuir porque não tem caixa, que a pirâmide inverteu e são os mesmos que defendem ideias que retroagem os direitos de trabalhadores’
‘Estamos aqui para falar que não deixaremos ninguém para trás. Que estamos de olho e não vai ser fácil assim destruir nossos ddireitos’ concluiu