A vereadora Marília Martins (PSOL) fez uso da Tribuna na manhã desta terça-feira, 25 de março, durante a 12ª Sessão Ordinária realizada no Plenário da Casa de Leis. Inicialmente se solidarizou com a vereadora de Patrocínio Paulista Dandara Ferreira pelo falecimento do pai e com o prefeito Alexandre Ferreira pelo falecimento da avó.
Em seguida, comentou sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado. ‘Caso vire réu junto com outros sete aliados será pela primeira vez na história um ex-presidente réu por alguns crimes que são ligados a tentativa de golpe’ disse a vereadora.
Marília lembrou ‘não estamos falando das 300 mil pílulas de viagra, das próteses penianas, mais de R$ 15 milhões em leite condensado, do roubo das joias, dos 51 imóveis com dinheiro vivo não sendo declarado, não estamos falando da pandemia como foi gerida, do crime no adiamento na compra de vacinas, falar para as pessoas tomarem outros tipos de remédios que seriam eficazes e não comprovados cientificamente, de ir contra os cientistas. Não é sobre isso que se abre essa denúncia’
‘Estamos falando da abolição violenta ao Estado de direito, a tentativa de golpe. Nós estamos falando de uma tentativa de golpe não é como antigamente quando se colocavam tanques de guerra na rua, haviam bombas, embora tenha havido também. Nós estamos falando de uma tentativa de golpe que tinha algodão doce, tinha marcha soldado cabeça de papel, código morse com celular na testa e tantas outras situações que aconteceram e a gente teve que acompanhar’ acrescentou.
A legisladora citou ainda a Moção de Apoio nº 5/2025 apresentada pelo vereador Leandro O Patriota (PL) ao Deputado Federal – Eduardo Bolsonaro.
‘O Eduardo está nos Estados Unidos e faz um vídeo dizendo que não vai retornar. E o meu comentário é; ‘verás que teu filho não foge à luta’ não é mesmo, dirão os patriotas? Não o Bolsonaro, porque vê seu filho lá depois de uma tentativa que está em movimento de movimentar o ficha limpa para tornar inelegível por menos tempo, tem essa dificuldade e agora está tentando a anistia. Anistia senhores, não é para as pessoas que foram manipuladas’ disse.
A legisladora reforçou ‘estamos acompanhando isso com muita seriedade e a gente espera que realmente sejam julgados de acordo com a Justiça, não peço nem a mais e nem a menos, eu peço a lei’
Sobre a questão da negociação salarial para servidores públicos municipais, a vereadora lamentou a falta de diálogo e acordo entre a categoria e a Prefeitura. ‘Foram tentadas algumas conversas, três tentativas, e o Poder Executivo não flexibilizou e não explicou o porquê não tem essa margem, então, ficam essas perguntas e por isso traz esse descontentamento’
Marília citou o acompanhamento que vem fazendo em várias unidades entre eles, postos de saúde, escolas e apresentou vídeo com a situação precária em alguns espaços. ‘Tenho visitado alguns espaços públicos e tem rachaduras horizontais e verticais, estão embolorados, os atendentes tiveram que mover as mesas porque chove em cima dos computadores. No posto de saúde da família tem geladeira quebrada, lugar mofado, não tem estoque, o material fica estocado nos banheiros que a própria comunidade usa. Imagina o perigo que é ter produtos de limpeza, arquivos, equipamentos, tudo abarrotado dentro dos banheiros, conversei com funcionários da saúde sobre as campanhas e eles que tiram dinheiro do próprio bolso’ criticou.
A parlamentar alertou ‘a conta não fecha porque o funcionário público muitas vezes não recebe uma adequação salarial, um abono ou mesmo no cartão alimentação o real reajuste e as vezes tem que tirar do próprio bolso para atender a população. É indignante! E fica a nossa total solidariedade aos servidores públicos’
Para finalizar, Marília convidou a população para o ‘Ato pela democracia, sem anistia’ na sexta-feira, 28 de março, às 19h, na Unesp.