Na sessão ordinária da Câmara Municipal desta terça-feira, 28, a munícipe Eliara Alves utilizou a Tribuna Livre para apresentar a "Pauta Preta", documento elaborado por coletivos e movimentos negros da cidade de Franca.
A pauta abrange diversas áreas de interesse da população negra, incluindo políticas de segurança alimentar e nutricional, saúde, medidas afirmativas e de reparação histórica, ações climáticas, e iniciativas relacionadas a artes, esporte, cultura e lazer.
Durante seu pronunciamento, Eliara enfatizou a importância de ações concretas por parte do Legislativo municipal: “É muito importante além de acompanhar a movimentação do povo preto, fazer de fato”, declarou. Ela destacou a necessidade de apoio efetivo às demandas apresentadas.
O vereador Gilson Pelizaro (PT) manifestou apoio às revindicações e destacou o papel da Câmara Municipal no avanço das pautas. “A gente já pode encaminhar e depois, se for o caso, fazer até uma audiência pública para discutir todas as pautas colocadas”, afirmou Pelizaro, reforçando o compromisso com as demandas que estejam dentro do escopo legal e constitucional do Legislativo.
Marília Martins (PSOL) ressaltou a importância da questão cultural, mencionando a criação da Secretaria de Cultura na cidade e defendendo que sejam feitas adequações para contemplar as questões levantadas por Eliara. Além disso, Marília destacou os desafios enfrentados pela mulher negra e a população negra em geral. “Esta carta de vocês é a lição de casa que todo político na nossa cidade deveria ter feito e fazer. Vocês estão trazendo já a lição pronta”, afirmou a parlamentar.
O vereador Marcelo Tidy (MDB) destacou a histórica luta de Eliara pela construção do SESC em Franca e colocou-se à disposição para tratar dos temas levantados pela comunidade negra. “Vamos construir uma política sólida e segura para todos”, pontuou Tidy.
A "Pauta Preta" apresentada durante a sessão reflete o trabalho organizado dos movimentos negros de Franca em busca de justiça social, equidade e melhores condições de vida para a população negra no município. A expectativa agora é que as demandas avancem no Legislativo, com a possibilidade de audiências públicas e outras ações para ampliar o debate e implementar soluções concretas.