O mês do orgulho LGBTI+ foi destaque na manhã desta terça-feira, 2 de julho, durante a 22ª Sessão Ordinária no auditório da Uni-Facef.
O munícipe Lê Silva Magalhães fez uso da Tribuna Livre e incialmente disse ‘gostaria de conversar com vocês sobre isso e trazer minha perspectiva enquanto jovem trans, bissexual, LGBT e que vive em Franca’
‘Não houve nenhuma iniciativa na nossa cidade para a comunidade LGBT e a gente vem mais uma vez frustrado para conversar na Câmara com vocês e falar que a gente sente falta de políticas públicas para comunidade LGBT em Franca’ acrescentou.
Lê lamentou ‘isso é muito cruel! Ser uma pessoa LBGT e sentir falta completa de políticas públicas para nossa cidade. A gente não se sente visto, não se sente representado e a gente sente que nossos direitos estão sendo colocados em último plano por conta de questões eleitorais’
Em seguida citou exemplos de políticas públicas que podem ser implementadas para acolhimento e atendimento da comunidade LGBT, entre eles, medidas de combate à violência, canais para atendimento de denúncias, representatividade política da cidade na 4ª Conferência Nacional LGBT, criação de Conselho Municipal LGBT e outros.
‘Nós somos cidadãos como qualquer um na cidade, nós votamos e pagamos impostos, trabalhamos, construímos e nossos direitos tem que ser preservados e pensados’ alertou.
Outro ponto citado foi a falta de preparo para atendimento da comunidade LGBT em serviços públicos. ‘Os servidores de Franca não estão preparados para lidar, nos instrumentos de Justiça como a Defensoria Pública uma pessoa trans que vai pedir a retificação de seu nome no RG ou Certidão de Nascimento e de forma gratuita porque é um direito, não consegue! Não tem preparo, não tem informação para isso! As pessoas trans que precisam se hormonizar que é um tratamento básico não consegue fazer isso em Franca de forma gratuita pelo SUS, a gente tem que ir para Ribeirão Preto’ pontuou.
‘Não estamos falando de um tratamento especializado que precisa de Hospital das Clínicas para fazer, estou falando de um tratamento básico de saúde e tem que ser fornecido pelo SUS’ enfatizou.
‘A gente veio aqui para fazer esse apelo! Junho acabou! O mês do orgulho acabou! Isso é cruel, é lamentável e já aconteceu, mas as políticas para a comunidade LGBT devem acontecer o ano todo, então, ainda dá tempo e faço um convite para vocês me ouçam e que a gente dialogue’ concluiu.