O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais Luís Fernando Nascimento fez uso da Tribuna na manhã desta terça-feira, 19 de março de 2024 durante a 7ª Sessão Ordinária no auditório do Uni-Facef.
Inicialmente agradeceu o espaço, parabenizou os servidores presentes durante a reunião e fortaleceu as cobranças feitas pela Câmara através do vereador Gilson Pelizaro (PT) para contratação e ampliação de agentes de vetores para auxiliar no combate à dengue. ‘Nós precisamos de contratações dos Agentes Comunitários de Endemias para eliminar os criadouros e levar as informações nas residências’ reforçou.
O principal tema abordado foi sobre reajuste salarial dos servidores públicos. Durante o expediente foi feita a leitura do Projeto de Lei Ordinária nº 21 de 2024 de autoria do prefeito Alexandre Ferreira (MDB) que dispõe sobre a revisão geral anual disciplinada pelo art. 37, inciso X, e art. 39, § 4º da Constituição Federal e dá outras providências.
De acordo com o documento, o percentual de reajuste salarial de 3,86%, cartão Alimentação no valor de R$ 986,67 e abono escolar, a ser concedido no ano de 2025, será de R$ 367,66.
Luís Fernando Nascimento criticou ‘o prefeito enviou projeto falando que teve consenso, mas não existiu consenso! Nós estamos ainda na luta, estamos em negociação e o prefeito novamente atropelou essa negociação’
‘Pedimos que esse projeto seja discutido com os servidores, nós temos um tempo curto. Nós estamos negociando antecipadamente por ser ano eleitoral, e o ano eleitoral se inicia em 6 de abril, então, até 6 de abril poderia se fazer qualquer negociação’ acrescentou.
O presidente do sindicato falou sobre as negociações em outros municípios como, por exemplo, Cristais Paulista, Pedregulho, Ribeirão Corrente e Itirapuã. ‘Em Cristais Paulista fechamos com 10%, então, é possível dar aumento real nos salários. Pedregulho tivemos 10% e mais R$ 150 no cartão alimentação’ enfatizou.
A vereadora Lurdinha Granzotte (União) parabenizou o presidente pela exposição e defendeu as reivindicações da categoria ‘estou falando como servidora! Eu não aceito esse reajuste de 3,86%’
Luís Fernando reforçou ‘estamos pedindo aos vereadores para que intercedam junto ao Prefeito nessa negociação, estamos pedindo intervenção junto ao Prefeito para continuar a negociação’
‘Nós estamos reivindicando a correção da inflação e pedimos mais 4% de aumento real, estamos pedindo R$ 250 no cartão alimentação. É possível! A Prefeitura tem condições, aumentou o Orçamento em 7,8% do ano passado para esse. É apenas uma questão político administrativa’ concluiu.
O presidente da Câmara vereador Della Motta (Podemos) informou ‘nós não vamos fazer urgência! Não tem regime de urgência! É um assunto de extrema necessidade’
O vereador Gilson Pelizaro (PT) criticou a falta de diálogo da Administração com a categoria ‘não entendo como chega a Casa um documento com duas falácias! A primeira é dizer que em virtude do ano eleitoral não pode conceder acima da inflação o aumento real aos servidores. É mentira! Depois, empurrar goela abaixo dos vereadores que houve consenso entre o sindicato e a Prefeitura. Também é uma falácia porque eu vi a cópia da ata e você deixou expressamente dito que tinha uma assembleia e que depois dessa assembleia passaria os resultados para a Administração. Está claramente explícito’
‘Estão querendo dar um passa moleque na Câmara Municipal! Eu acho que o prefeito tem mania de degladiar não é com sindicato, mas é com o Fernando, e esse é um grande erro dele! Do mesmo jeito que ele teve legitimidade ao ser eleito, você tem legitimidade de ser presidente do sindicato. Tem que ter bom censo e negociação’ acrescentou.
A servidora Juliana Gonçalves também fez uso da Tribuna e desabafou ‘é uma gestão autoritária e totalmente desrespeitosa com toda uma classe de servidores municipais, onde as tratativas das negociações do dissídio coletivo devem ser asseguradas para ambas as partes’
‘Estamos aqui suplicando mais uma vez para que não permitam que sejamos silenciados! Olhem para nós com olhar de humanidade e o nosso pedido é uma proposta que seja aceita’ acrescentou.
Juliana ainda fez apontamentos de situações precárias de trabalho na área de educação, falta de funcionários e equipamentos adequados. ‘A gente faz tudo o que pode e o que não pode! Fazemos a comida com tudo que é possível, muitas vezes levamos vinagre de casa para temperar salada, alho, cebola, cenoura, tomate, fósforo, pano de limpeza e detergente. É esta a condição de trabalho que o prefeito oferece para nós trabalhadores’
Ela pontuou ainda sobre horários das jornadas de trabalho e ressaltou ‘se hoje existe um serviço que muitas vezes a população nos vê como usurpadores de direito, a população nos vê como inimigos dela, mas se conseguimos fazer algum serviço de qualidade é porque fazemos por amor! Porque condição não existe’
O presidente da Câmara vereador Della Motta (Podemos) agradeceu a servidora e confirmou ‘é uma questão de valorização, vocês fazem a diferença sim! E está formada a comissão que vai acompanha-los com a vereadora Lurdinha Granzotte, Daniel Bassi e Gilson Pelizaro que vão representar a Câmara nessa discussão’