Na manhã desta quinta-feira, 15 de fevereiro, de 2024 durante a 2ª Sessão Ordinária realizada no auditório do Uni-Facef a munícipe Alana das Graças Silva fez uso da Tribuna para falar sobre atendimento pré-natal e violência obstétrica.
Inicialmente agradeceu aos vereadores pelo espaço e em seguida criticou o atendimento da rede pública ‘o meu pré-natal infelizmente só foi teórico, na prática ele não aconteceu, as informações que eu tive durante a minha gestação foram todas por meio autodidata e também por conteúdos que eu vi em redes sociais’
‘No dia 29 de janeiro foi a gota d’água onde eu me senti muito humilhada! Nesse momento eu estou tentando defender a família, as mães e os direitos como mulher. Estou com 36 semanas exatamente hoje, há 252 dias gestando uma vida e eu não tive a dignidade do atendimento. Eu sou cidadã pago meus impostos e vim reivindicar meus direitos’ disse.
Alana lamentou a falta de informações e esclarecimento de profissionais e mesmo quando recorreu a Santa Casa. ‘Não tive minhas dúvidas sanadas, não fui acolhida e fui desrespeitada’
Ela citou estudos e relatos que estão disponíveis nas redes sociais ‘mães que conseguiram parir por meio natural depois de cesarianas, aí eu fui me aprofundar, contratei uma doula e o risco de ruptura uterina no meu caso é de 3%, isso é muito irrisório’
A munícipe citou a Lei 11.634 de 26 do 10 de 2007 que garante a gestante o direito de ser informada anteriormente pela equipe do pré-natal, sobre qual a notoriedade de referência para seu parto e de visitar o serviço antes do parto.
‘Esse direito me foi negado, disse que eu não teria acesso a essa informação quando eu fui até a Santa Casa, então, não foi só esse direito que foi ferido. Eu também sofri violência obstétrica, violência psicológica e isso no estudo que tenho aqui é um trauma psicológico’ lamentou.
Após os apontamentos, Alana reforçou ‘eu venho aqui pedir o olhar de vocês para essa questão para trazer mais humanidade e dignidade pra gente que é mãe que está a favor da família’
‘Esse apelo para vocês olharem para transformar essa medicina de uma forma mais humanizada de unir o conhecimento tradicional com o conhecimento ancestral, de ouvir a nossa história porque isso não me foi concedido em nenhum momento durante o meu pré-natal’ ressaltou.
‘Quem sabe talvez a gente ser um município pioneiro e tentar talvez uma lei para nos resguardar sobre essa questão’ concluiu.
O presidente da Câmara vereador Della Motta, os vereadores Daniel Bassi (PSDB), Marcelo Tidy (União), Gilson Pelizaro (PT), Lurdinha Granzotte (União), Donizete da Farmácia (MDB) agradeceram pelos apontamentos feitos pela munícipe, se solidarizaram e se colocaram à disposição para os encaminhamentos necessários para melhoria dos serviços junto aos órgãos competentes.