A questão sobre o Centro Pop foi novamente debatida na manhã desta terça-feira, 9 de maio, durante a 14ª Sessão Ordinária no Plenário da Casa de Leis francana.
O munícipe Rogério Carlos Pereira fez uso da Tribuna para falar sobre "TAC referente ao Centro Pop ‘estou representando toda a comunidade não somente da Vila Formosa, mas todo o entorno, Jardim Francano, Estação, Vila Nicácio, Imperador, João Leite, Centro, Consolação. Essa região toda está sofrendo muito’
Ele lamentou ‘eles (moradores em situação de rua) não querem ficar dentro do Centro Pop e nós perdemos a nossa total liberdade. Não temos respaldo de ninguém’
O munícipe agradeceu os vereadores Lurdinha Granzotte (União) e Marcelo Tidy (União) que promoveram uma Audiência Pública para debater sobre o tema com a comunidade e autoridades locais.
Rogério citou a retirada das barracas próximo ao equipamento na semana passada, mas alertou ‘não foi suficiente porque estão ameaçando a vizinhança toda, dizendo que vão fazer coisas piores que já fazem. E que estamos pedindo com emergência, é para retirar os vasos que o prefeito colocou porque servem de esconderijo para eles, além das barracas. Eles usam como pilar para montagem dos barracos’.
O munícipe lamentou ‘eles incomodam o dia inteiro, a noite inteira, apertando campainha pedindo comida, e têm alguns comerciantes que fornecem comida, mas se foi criado o Centro Pop na minha opinião deveria atender esse pessoal’
Rogério também citou outras dificuldades ‘rasgam os sacos de lixo e saem esparramando, o bairro fica totalmente emporcalhado. As barracas não é para morarem, aquilo é ponto de tráfico, como já foi constatado outras vezes com ações da polícia e a própria imprensa’
Ele finalizou ‘eu já fui ao Ministério Público, a gente tem policiamento lá, mas não está sendo suficiente, pessoal não respeita e não quer ajuda’
O vereador Della Motta (Podemos) lembrou o acompanhamento do caso desde à época quando houve a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduto (TAC) e o desdobramento da situação até o momento.
O parlamentar defendeu medidas de segurança e de acompanhamento das pessoas que querem se tratar com políticas públicas mais eficientes ‘tem que fazer tudo dentro da lei (...) concordo com você, estamos sendo ameaçados dentro de nossas próprias casas. E retornamos ao Poder Público, qual é a política pública? ’
Ele alertou ‘no meio dessas pessoas existem algumas que estão maquiadas e que realmente são infratores da lei, praticam tráfico, furto, roubo, então, a presença da autoridade é fundamental. Tem que ter policiamento lá 24h’
Gilson Pelizaro (PT) se recordou da importância da Audiência Pública para debater o tema ‘precisa reunir todas as forças de segurança, área social, e discutir o TAC ponto a ponto, e ver o que está dando certo e o que está dando errado’
E acrescentou ‘quem falou que um TAC é uma coisa imexível? Não é! Já temos tempo que dá para ver o que está funcionando e o que não está e precisa ser mudado. O Ministério Público não tem essa autonomia de impor as coisas por guela abaixo e as pessoas terem que acatar pronto e acabou. Como se a sociedade não se revoltasse com as coisas que acontecem’
A vereadora Lurdinha Granzotte (União) comentou ‘o TAC fala que o Ministério Público deve cobrar também os deveres dos moradores em situação de rua, o que não é cobrado, porque pelo TAC só tem direitos, e os munícipes não têm direito a nada e nem reclamar pode’
Ela acrescentou ‘a gente sabe que as políticas públicas da ação social estão sendo realizadas (...) mas é um grito de socorro de todos que moram ali, e um grito de Franca. Porque realmente está incomodando, estamos falando das atitudes erradas! ’
O presidente da Câmara vereador Carlinhos Petrópolis Farmácia (PL) disse ‘nós temos que unir forças, Guarda Municipal, Polícia Militar, Ação Social, a Câmara e os vereadores estão cobrando a bastante tempo desde quando era no outro bairro, o problema existe há um bom tempo. Temos que unir forças com Poder Executivo e Ministério Público para achar a solução mais rápido possível’