O quadro ‘The End’ do artista Salles Dounner foi novamente instalado no Plenário da Câmara Municipal de Franca. A reinstalação aconteceu na sexta-feira, 14 de abril, conforme determinação do presidente da Casa de Leis francana Carlinho Petrópolis Farmácia (PL).
Os vereadores e munícipes já puderam ver a obra no prédio do Legislativo durante a 11ª Sessão Ordinária realizada na manhã desta terça-feira, 18 de abril. Em julho do ano passado, a Câmara havia solicitado à Fundação de Esporte Arte e Cultura (FEAC) a disponilização de um espaço mais adequado para exposição da obra, mas não houve definição.
Sidney Elias como representante da União de Defesa da Cidadania (UDECIF) e do Memorial do Artista Francano fez uso da palavra e destacou ‘gostaria de agradecer pelo atendimento do pedido de retornar a obra do artista Salles Dounner aqui no Plenário, foi solicitado diversas vezes e gostaria de parabenizar o presidente pela sensibilidade, o vereador Marcelo Tidy pelo requerimento e todos os envolvidos. Muito obrigado’
O presidente da Câmara Carlinho Petrópolis Farmácia (PL) decidiu recolocar o quadro em exposição novamente no Plenário do Legislativo e disse ‘a cultura e a arte a Câmara nunca teve nada contra, o quadro foi retirado devido a reformas e pedimos desculpas por não ter voltado antes’
E acrescentou ‘em breve está sendo revitalizado o prédio da antiga Mogiana na Estação e se lá for o local mais adequado, mas senão aqui também está bem servido. Estamos sempre à disposição para atender nossa comunidade’
Sobre Salles Dunner
Pedro Paulo Salles nasceu em São Paulo, em 1 de julho de 1949, veio para Franca ainda menino e, com nove anos foi internado em um colégio religioso de menores no Rio de Janeiro, retornando a Franca já adulto.
Autodidata e rebelde, sua primeira exposição aconteceu aos 18 anos de idade e suas exposições individuais ficaram restritas à cidade de Franca, em 1977,1978 e 1986 (Exposição Álbum dos Esquecidos), na Pinacoteca Municipal e outra na Galeria de Arte do Senac, quando também lançou e autografou o livro “Art-Nula”, contendo ilustrações e cartuns.
Seus desenhos são marcados pelo uso do lápis comum, bico de pena, nanquim, utilizando papéis de embrulho de pão e jornais. Seus murais comerciais eram característicos, proporcionando-lhe o reconhecimento popular como um dos artistas plásticos de maior expressão em Franca. Pintou os miseráveis, os mendigos, as crianças de rua, as mulheres sofridas e exploradas, animais esqueléticos e sem donos.
Doente, mudou-se para Ribeirão Preto, onde trabalhou até o fim, morrendo em 18 de agosto de 1996.” (Fonte: Laboratório das Artes)