Vários temas foram abordados pelo vereador Gilson Pelizaro (PT) na manhã desta terça-feira, 28 de fevereiro, durante a 4ª Sessão Ordinária no Plenário da Casa de Leis francana.
Inicialmente pontuou sobre os números apresentados em Audiência Pública na prestação de contas da Prefeitura referente ao 3º Quadrimestre de 2022.
‘A gente observa a execução Orçamentária e não entendo o que está acontecendo, porque uma boa gestão pública, tem que ter qualidade no serviço público, contabilidade bem-feita, mas por outro lado, os recursos públicos têm que ser investidos em políticas públicas’ disse.
Pelizaro citou as constantes reclamações e da precariedade de serviços nas áreas de saúde, assistência social, infraestrutura e outras que são encaminhadas pelos munícipes.
‘O CRAS da Vila Rezende hoje está no Champagnat porque estava com goteira e as Unidades Básicas de Saúde caindo aos pedaços’ lembrou.
Segundo o parlamentar, o Orçamento do ano passado era de R$ 1,1 bilhão e apresentou sobras de R$ 87 milhões.
‘Na segurança pública foi orçado R$ 27,6 milhões e pago R$ 16,9 mil, quer dizer que quase R$ 11 milhões ficaram como superávit, então a área de segurança, onde devia constar a Guarda Civil não foi priorizada no Orçamento’ disse.
Outro exemplo, na área de habitação, dos quase R$ 3,2 milhões orçados, não foi gasto nada. ‘Eu fui presidente da Prohab, era uma empresa de habitação e gerenciava vários programas, inclusive tinha cestas básicas da construção para as pessoas que não estavam conseguindo financiamento em banco e não conseguiam acabar seu imóvel. Elas recebiam recursos financiados pela Prohab com prestações baratas para dar acabamento no imóvel’ lembrou. E lamentou ‘não temos política habitacional no município de Franca!’
Na gestão ambiental, a Prefeitura tinha previsto R$ 72,5 milhões de investimentos e gastou R$ 45 milhões. ‘Por isso que dá superávit, um município que tem mais de R$ 1 bilhão de Orçamento, e várias áreas ficam desguarnecidas’ pontuou.
Pelizaro é presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara e disse que vai apresentar um projeto para que secretários e seus representantes venham ao Legislativo prestar contas de cada segmento.
‘Secretários têm que vir dar satisfação porque não conseguiram gastar o que estava orçado, falar que não tinha dinheiro não é verdade, sobrou dinheiro em caixa’ finalizou.