As dificuldades enfrentadas pelos pacientes que dependem da saúde pública geraram debate em Plenário da Casa de Leis na manhã desta quinta-feira, 23 de fevereiro, durante a 3ª Sessão Ordinária.
O tema foi discutido após a apresentação do Requerimento nº 55 de 2023 de autoria do vereador Zezinho Cabeleireiro (PP) questionando a Prefeitura para que esclareça, ao legislativo de Franca, porque faltam médicos, sobretudo ginecologistas, no sistema de saúde municipal.
O parlamentar comentou ‘várias reclamações que estamos recebendo porque as UBSs não têm médicos ginecologistas, e o prefeito Alexandre Ferreira acabou com a Casa da Mulher alegando que não tinha demanda, e estamos vendo que existe muita demanda e não tem médicos’
E cobrou ‘estamos pedindo pelo menos um ginecologista em cada unidade básica de saúde’
A vereadora Lurdinha Granzotte (União) comentou sobre as dificuldades do Poder Público para contratar médicos e ressaltou ‘eu trabalhei muitos anos no Recursos Humanos e sei da dificuldade que a Prefeitura tem na contratação de médicos, tem especialidades que no concurso não comparece nenhum profissional’
E ressaltou ‘a gente sabe que os salários não são atraentes, então, eles não ficam na Prefeitura. As vezes assumem a vaga, começam a conviver com as dificuldades e que o salário não compensa, e não ficam’
O vice-presidente da Casa de Leis vereador Pastor Palamoni (PSD) citou novamente a legislação existente que garante o atendimento dos pacientes e enfatizou ‘a Lei 8597/2017 de autoria do vereador Donizete da Farmácia (MDB) e me recordo de ter conversado com ele para apresentação de uma emenda e no artigo quarto passou a vigorar da seguinte forma ‘as convocações dos pacientes para realização dos procedimentos deverão respeitar a data da solicitação da vaga, exceto prioridades devidamente justificadas e descritas em relatórios, laudos médicos, e submetidas a auditoria da equipe técnica da Secretaria de Saúde’
E enfatizou ‘há possibilidade sim, não de furar fila, mas de dar prioridade e o médico sabe quem está precisando de urgência’
Claudinei da Rocha (MDB) defendeu medidas mais ágeis para atender os casos mais graves ‘vai pedir laudo leva uma semana ou duas, e olha lá se achar no sistema alguém que emita o laudo, e aí tem que se avaliar por equipe técnica, aí já se foi um ou dois meses (...)’
O vereador Ronaldo Carvalho (Cidadania) lembrou que a responsabilidade para solução dos problemas depende da autuação dos gestores da saúde pública, entre eles, Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal.
‘Tem que ter vontade política para resolver, porque é inadmissível ter uma fila de espera com 14 mil pacientes, e isso não surgiu há um ano, essa fila vem se arrastando’ lamentou.
E lamentou ‘fico indignado porque as forças políticas não conversam entre si e não entram em acordo’.
E finalizou ‘o vereador fica aqui tentando resolver um problema que não vai conseguir resolver, porque vereador não é para fazer isso. É um sistema que naturalmente tem que funcionar, naturalmente tem que ter saúde para as pessoas, naturalmente tem que ter segurança, o sistema tem que funcionar’