TRIBUNA LIVRE
Representantes de ONGs repudiam violência e defendem respeito à comunidade LGBTQIA+
O munícipe Cairo Still que representa a ONG Fênix fez uso da Tribuna na manhã desta terça-feira, 31 de maio, durante a 18ª Sessão Ordinária para falar sobre a agressão sofrida por uma mulher transexual na madrugada da última quinta-feira, 27 de maio, durante a Expoagro no Parque de Exposições Fernando Costa.
Cairo comentou que esteve no ano passado no Plenário também para falar sobre a grave situação de casos de agressões inclusive com ataques também pelas redes sociais.
E lamentou ‘eu não vejo representatividade hoje na bancada, eu vejo pessoas que podem colaborar, temos vereadores que podem colaborar com a nossa causa, temos pessoas que podem votar a favor’
Citou ainda que mesmo estando a trabalho na Expoagro também se sentiu coagido por um segurança e deixou o ambiente. Cairo enfatizou ‘esse tipo de agressão só acontece porque tem projetos de lei que não são votados nessa casa e o que vocês estão fazendo aqui, votando favor ou negativo, a sociedade encara como reflexo, para que eles vão se preocupar em respeitar, em tolerar, se aqui nessa casa não passam os projetos’
E fez um apelo ‘por favor comecem a analisar as situações e os projetos de leis (...) porque a gente precisa disso’.
Também fez uso da Tribuna, Lê Magalhães estudante da Unesp, artista e militante do grupo afronte e iniciou a fala lamentando o episódio de agressão ocorrido na Expoagro. ‘Quero falar como moradora de Franca que é uma pessoa trans e viu em uma rede social um vídeo de uma mulher trans sendo espancada, quero tentar sensibilizar vocês como foi para mim e como é para nossa comunidade saber que estou em uma cidade onde posso ser espancada’ disse.
E cobrou sobre a responsabilidade da organização e os parlamentares ‘como o pronunciamento da própria organização foi superficial, desviou da sua responsabilidade sobre o assunto, eu gostaria de falar da omissão da Casa de Legislativa em relação à violência que a minha comunidade tem sofrido todos os dias’
Questionou os parlamentares sobre a falta de equipamentos para lazer voltado às pessoas trans, participação em ambientes públicos e políticos ‘quando a gente fala sobre nossas pautas é sempre sobre violência, prostituição, pessoas em situação de rua, morte, agressão, estupro, suicídio, quando é que essa Câmara falou sobre as pautas para a comunidade trans?’
E relembrou da rejeição do projeto ‘ano passado a gente veio aqui, tinha o desejo de construir algo na cidade, uma semana que fosse voltada ao conhecimento e promovesse mais respeito com relação a nossa comunidade. E hoje com pesar a gente tem que voltar aqui para lutar pela nossa existência, pelo direito de dar continuidade as nossas vidas’
E concluiu ‘Franca aos olhos do nosso país inteiro pelas redes sociais, nas mídias só está sendo notada pelos casos de violência extrema. Essa não é uma cidade segura para pessoas trans, para as pessoas pretas, para mulheres e não vem sendo uma cidade segura para nós estudantes’
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(Comunicação Institucional da Câmara)