A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Deficientes Auditivos da Câmara Municipal de Franca realizou a sua primeira reunião na tarde de hoje, 17. Ela foi criada por meio da Resolução nº 620 em abril deste ano (veja aqui).
Estavam presentes no Plenário da Casa os vereadores Gilson Pelizaro (PT), o presidente da comissão; Carlinho Petrópolis Farmácia (PL), o vice-presidente; Lurdinha Granzotte (PSL), a relatora; e o membro Marcelo Tidy (DEM). Entre os convidados do encontro, estavam surdos, deficientes auditivos e representantes de associações como a APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos) e a Pastoral do Surdo. As tratativas foram traduzidas em Libras para os presentes.
O objetivo da reunião era criar uma metodologia de trabalho para a Frente, cujo resultado final esperado é a implantação de uma escola bilíngue na cidade. Segundo o que foi debatido, o grupo irá buscar dados sobre a população surda e deficiente auditiva em Franca, realizar audiências públicas com autoridades municipais e estaduais e possivelmente até mesmo visitar escolas bilíngues existentes em cidades como São Paulo (SP) e Curitiba (PR).
Uma escola bilíngue é aquela que contempla ensino em linguagem de Libras num período e educação regular em outro. Gilson complementou:
Para a formação do surdo, esta seria uma forma mais adequada de aprender. No ensino regular, o surdo não tem tido a qualidade de ensino necessária. É uma questão que vai gerar discussão, mas é importante abrir esse debate e envolver o máximo de pessoas possível. Assim, poderemos chegar a um denominador comum e poder dar uma educação de qualidade para os surdos.
Depois de depoimentos de munícipes no encontro, os parlamentares decidiram acrescentar a denominação de surdos no nome da Frente, pois são dois conceitos diferentes. Deficiente auditivo é aquele que possui algum grau de perda auditiva, mas se comunica oralmente e já escutou sons. Já o surdo apresenta total ausência de audição.
(Comunicação Institucional Câmara)