A CEAR (Comissão Especial de Assuntos Relevantes) da Câmara Municipal que acompanha o retorno às aulas presenciais nas escolas francanas realizou duas importantes reuniões nesta semana. O objetivo era averiguar a situação em que as unidades de ensino se encontram com relação à pandemia do covid-19.
O primeiro desses encontros foi realizado na manhã de ontem, 11, com a secretária municipal de Educação, Márcia Gatti. O bate-papo foi virtual e contou com a participação dos vereadores Gilson Pelizaro (PT), Ilton Ferreira (PL) e Kaká (PSDB), respectivamente o presidente, vice-presidente e 3º membro da comissão; além de servidores dos Poderes Legislativo e Executivo.
Márcia informou que a reforma das unidades de ensino ainda está em andamento, e em algumas delas o processo está apenas começando. Por isso, ela acredita que as obras demorem pelo menos 30 dias para serem concluídas – e só depois disso as aulas presenciais poderiam começar. A Educação também está contratando merendeiras e profissionais da limpeza, que estão em falta na rede municipal. Quanto aos EPIs (equipamentos de proteção individual), eles já chegaram ao município, e a confecção de banners e cartazes informativos já foi iniciada.
Indagada quanto à enquete feita com os pais de alunos, Márcia informou que ela será refeita em breve, pois apenas 50% deles responderem. “Desses 50%, metade aprovou a volta às aulas presencial e metade não”, disse ela. A chefe da Educação Municipal também esclareceu que o protocolo adotado pela Prefeitura foi feito em conjunto entre a Vigilância em Saúde, a pasta da saúde e a sua própria, adaptando o plano estadual para as realidades municipais. Por exemplo, aqui o distanciamento determinado é de 2 metros, maior do que o exigido no estado de São Paulo (1,5 m). Uma resolução para orientar pais e alunos quanto à nova rotina escolar está sendo redigida.
Márcia também informou que as aulas são feitas por ensino remoto, e não por vídeo ao vivo, porque os softwares para isso exigiriam internet muito rápida que nem todos os estudantes da rede possuem. Por isso, o sistema engloba contato por grupos de WhatsApp e uso de vídeo na hora de fazer a chamada. A Secretaria de Educação também está levantando quantos alunos convivem ou moram com os avós, os quais potencialmente se encontram no grupo de risco. Por fim, segundo ela, as creches devem voltar com capacidade reduzida, e não no sistema de rodízio de alunos.
Vigilância
Na manhã de hoje, 12, os membros da CEAR se reuniram no hall de entrada da Casa de Leis para conversar com o chefe da Vigilância em Saúde do município, Felipe Granzotti, e o médico da Vigilância Epidemiológica, Homero Rosa Júnior. Gilson Pelizaro e Ilton Ferreira estavam presentes, assim como o vereador Marcelo Tidy (DEM) e servidores do Legislativo. O vice-prefeito Everton de Paula (PRTB) estava representando pela sua assessora de gabinete.
Granzotti informou que nesta semana a Vigilância já visitou oito escolas particulares, cuja adesão ao protocolo é “satisfatória, mas não 100%”, pois as instituições ainda estão em período de adaptação. Semana que vem, as escolas estaduais serão visitadas. De acordo com Felipe, a Vigilância em Saúde conta com 29 fiscais (englobando os da área administrativa). Gilson informou que entregaria hoje ao chefe da Vigilância ofício contendo denúncias recebidas pela CEAR, rendendo agradecimentos por parte de Felipe.
Em seguida, Homero fez uso da palavra. Ele relatou que a pandemia do coronavírus em Franca piorou após as festas de fim de ano, e os casos de crianças e adolescentes com covid-19 dispararam. Contudo, o prognóstico do médico é positivo. “Dá para conciliar as atividades econômicas com a pandemia se o protocolo de segurança for rigidamente seguido”, afirmou.
Rosa também comentou sobre o “tratamento precoce”, esclarecendo que não há comprovação científica ainda de remédios eficazes no combate ao vírus. “O sensato é não propor nenhum protocolo de tratamento para ninguém”, afirmou. Por fim, ele deixou claro que o município não tem autonomia para decidir quais grupos da população receberão vacinas; tal decisão cabe ao governo estadual apenas. O critério usado hoje para quem deve se imunizar primeiro é a maior exposição ao vírus.
Gilson deu sua opinião sobre os encontros:
A Vigilância em Saúde e a Secretaria Municipal de Educação estão trabalhando em conjunto no estabelecimento de protocolos para a volta as aulas, inclusive com relação ao transporte escolar, que deve ser retomado. Então, foi muito importante ouvirmos que tipo de protocolos são esses e como eles estão se adequando às situações para evitar a propagação do vírus. Foram duas reuniões bastante proveitosas e logo, logo, analisando todos esses dados, faremos a análise final da comissão.
(Comunicação Institucional Câmara)